27 abril 2006

Menos quantidade, mais qualidade

No Campeonato Brasileiro do ano passado surgiu a estatística: o jogador que mais chutava a gol, entre todos de todos os times, era o Renato, meia do Flamengo. Ele fez lá seus gols, vários importantes, mas ainda assim irritava a maior parte da torcida do Flamengo. O cara chutava de tudo que é lugar - da bandeirinha de escanteio, do meio do campo, do banco de reservas, de onde fosse. E pra onde fosse.

O que estamos vendo esse ano é um Renato mais consciente. Se fizerem a mesma estatística, dificilmente ele vai aparecer novamente lá em cima. E seu belo chute, agora sendo usado apenas quando deve, vem chamando cada vez mais atenção.

Não foi nem o caso hoje em um Maracanã de público decepcionante; seus dois gols foram de centro-avante. Como também foi o do Jônatas. E o do Obina - que, no caso, é centro-avante mesmo. Este, desde que reapareceu mais magrinho, começou a se candidatar a sombra do não tão magrinho e muito menos disposto Ramirez.

Enfim: depois de um primeiro tempo lamentável em todos os aspectos, o Flamengo jogou bem na segunda etapa, quando estava com a bola. Sem a bola, deu uma penca de chances para o Atlético-MG, que é um time fraco e sem a menor capacidade de conclusão. Os mineiros agora precisam de um milagre, que ninguém deve estar acreditando muito que possa acontecer. E, se o adversário na semi-final for o Ipatinga, como parece provável, três informantes já foram contratados com antecedência.