19 abril 2006

Sobre um dos favoritos de todo mundo

Depois de perder o estadual para o Grêmio e empatar com o Vasco, o Inter finalmente fez as pazes com a torcida, vencendo o Maracaibo por 4x0 pela Libertadores. O time soube aproveitar que tinha um adversário fraco e jogou não pra vencer, mas pra golear - era importante para a moral da torcida e dos próprios jogadores.

Deu pra ver pela atuação que trata-se de um time com muitos jogadores técnicos, que sabem passar a bola. Mas a verdade é que, em boa parte do tempo, não soube ser objetivo o bastante para furar a retranca venezuelana e criar chances de verdade. Contra o Vasco, segundo comentários que li, já foi assim: muita posse de bola, poucas oportunidades claras de marcar. É algo preocupante para quem se pretende favorito ao título brasileiro (e eu mesmo até aposto que é, baseado no campeonato do ano passado e no pouco que já tinha visto este ano na Libertadores).

Assim, durante um bom período, a única jogada do Inter eram bolas altas sobre a área. E acabou dando certo ainda no primeiro tempo graças à qualidade do Jorge Wagner para cruzar e do Fernandão para aproveitar - e ir com 1x0 pro intervalo foi muito importante. Mais tranqüilo, o time melhorou um pouco no segundo tempo, mas só chegou mesmo ao segundo gol em mais uma jogada aérea. A partir daí, os jogadores se tranqüilizaram de vez, o adversário entrou em pane e a goleada foi natural.

São estes os pontos fortes do Inter, portanto: qualidade nas bolas altas e categoria para trocar passes. E, além disso, parece mesmo um elenco com boas opções no banco de reservas - ao menos pro nível Brasil.