28 abril 2006

Todo mundo já sabia

Dos times brasileiros na Libertadores, o Inter parecia mesmo o que se classificaria com mais tranquilidade para as quartas-de-final. Foi o de melhor campanha na primeira fase e, além disso, pegou agora um adversário ao qual já havia se mostrado claramente superior.

Mas olha, durante todo o primeiro tempo a falta de objetividade do time gaúcha fazia parecer que este favoritismo poderia ir por água abaixo. O colorado é mesmo um time que sabe rolar a bola - quase não erram passe, é impressionante. E é impressionante como não conseguem criar nada com tanto passe certo. As suas únicas jogadas agudas são as bolas altas na área, o que o torna um time óbvio e fácil de neutralizar na maior parte do tempo. O Nacional abrira o marcador e era sempre mais perigoso - mas aí Jorge Vágner mostrou de novo sua importância pra esse time ao empatar, no último lance do primeiro tempo, cobrando falta. Pra um time que pouco cria com a bola rolando, a bola parada acaba sendo fundamental.

Está faltando ao ataque do Inter o futebol do Rafael Sóbis. Ele parece não ter voltado das férias ainda. E foi com ele saindo e o Rentería entrando que o panorama do jogo se modificou. O colombiano dá ao time essa opção de jogada mais vertical, além de chutar de fora da área (coisa que o resto do time não faz, nunca). O Inter virou, depois soube segurar o jogo mesmo chegando a ter dois jogadores expulsos e, como já se previa, deve mesmo ser o time brasileiro que irá se classificar mais facilmente para a próxima fase da Libertadores.