23 maio 2006

Não seremos campeões

Acontece de quatro em quatro anos e movimenta grande parte dos milhões de amantes do futebol ao redor do Mundo. E estamos chegando nessa época tão especial: a de preencher os bolões da Copa do Mundo. Por enquanto, entrei em apenas um - e devo participar também do que o Balípodo está promovendo para comemorar o aniversário do site, que dá uma sensacional camisa do Allianza do Panamá como prêmio.

Mas então: já tenho em mãos o gabarito da tabela da Copa do Mundo, com todos os resultados. E devo dizer que, infelizmente, o hexa terá que ficar para a Copa da África do Sul, em 2010.
Mas como é possível isso? Com uma seleção tão superior como a nossa, como será possível voltar da Alemanha sem a taça?

Bem, Copa do Mundo tem dessas coisas. E a queda do escrete canarinho se dará exatamente por um desses eventos típicos da maior competição de futebol do planeta - aquelas coisas que acontecem em toda edição, mas em que ninguém aposta antes e nem tem muito como dizer exatamente em que momento acontecerá. A não ser, é claro, que tenha o gabarito em mãos - como eu.
Mas o fracasso da pátria de chuteiras não terá apenas explicações tão intangíveis assim. Nosso time tem sim suas fraquezas que podem muito bem nos custar um jogo - e um jogo pode muito bem nos custar uma Copa. Já falei disso no post sobre a convocação de Parreira, mas resolvi que vou gastar um tempinho até a Copa do Mundo falando de nosso time, a cada posição. Então, logo começarei a falar dos goleiros, depois os laterais-direitos e por aí vai.
E no final, antes da parada toda começar, eu solto aqui o gabarito. Por enquanto, preencham seus bolões sozinhos.

* * * *

Sobre troca-troca de técnicos.

O Palmeiras arrumou o Tite. Eu tendo a gostar dele, apesar da fala difícil que normalmente não é bom sinal. Normalmente arruma bem as defesas de seus times, e parece que isso era o que o Palmeiras precisaria de primeira. Então, pode ser uma.

O Corinthians foi de Geninho. É um técnico que sabe trabalhar, seus times normalmente são arrumados e com padrão de jogo. Mas me parece meio medroso em momentos decisivos - como mostrou com o Corinthians mesmo em sua outra passagem e agora no Goiás, duas vezes na Libertadores. Então, sei lá. Talvez não seja muito o perfil pra um time mega-ambicioso como este.

O Botafogo contratou o Cuca. Seus times normalmente são marcadores e aguerridos, e ele gosta de botar todo mundo pra treinar muito. É meio isso que o Botafogo precisa mesmo. O time passa uma preguiça inacreditável pra quem o assiste jogar.

E o Flamengo foi o mais surpreendente, ao demitir Waldemar Lemos sem motivo aparente. Quer dizer, sem motivo aparente pra quem olha só números e resulados sem pensar muito. Quem assiste os jogos e conhece minimamente o elenco sabe que a coisa não estava bem. O time era mal escalado e parecia mal treinado mesmo. Para quê esperar uma sequência de derrotas pra mudar de rumo? E o momento agora era perfeito, após a interrupção da Copa do Brasil e às vésperas da pausa para a Copa do Mundo, quando o novo técnico terá tempo para trabalhar e implantar suas idéias. Pareceu uma loucura de primeira, mas acho que a diretoria do Flamengo - ora vejam vocês - dessa vez acertou.