25 maio 2006

A pátria de chuteiras: Os laterais direitos

A Globo.com está fazendo enquetes em sequência para escolher a "seleção dos sonhos" dos internautas. Em cada posição, escolhem três jogadores para serem votados, e assim vão montando o time.

(Aliás: deu zebra na eleição porque o Zico ganhou do Pelé, o que obviamente se explica pelo tamanho da torcida do Flamengo. Aí eles inventaram que "a 10 e a 7 já têm dono" e tiraram o Rei e o Mané da disputa, colocando-os como hors concours.)
Pois para a lateral direita, o portal colocou como opções Djalma Santos, Carlos Alberto Torres e... Cafu.
Alguém imaginaria que Cafu teria a moral que tem hoje quando Falcão começou a convocá-lo para a seleção, após a Copa de 90, debaixo de uma chuva de críticas?
Pois ele tem. É o único a disputar três finais de Copa do Mundo seguidas.

Isso só mostra como o Brasil parou de fabricar laterais direitos de alto nível desde Jorginho - titular na Copa de 94, coisa que as pessoas parece que se esquecem, e que era muito, mas muuuuito mais jogador do que nosso atual capitão.

Cafu sempre se destacou apenas pelo preparo físico e disposição, sejamos sinceros. E reinou tanto tempo na seleção por falta de opção, ou de criatividade dos técnicos. Apesar de muitos criticarem sua escalação por ser velho, pra mim ele nem parece demonstrar muito cansaço não; continua jogando o que sempre jogou.

E, de novo por mim, seria reserva do Cicinho.
Mas acho que, hoje, eu acabaria também convocando o Cafu. Quem poderia ir no seu lugar? Não dá pra pensar em ninguém mesmo. E ele tem experiência, não ia amarelar se tivesse que entrar, além de poder passar algo de útil pra quem for novato por lá. E de, hoje em dia, contar com a simpatia de todo mundo.

Se você tem um filho nas categorias de base de algum time por aí, o convença a ser lateral direito. Eles tão em falta.