23 junho 2006

Brasil x Gana

Cês repararam que o Parreira escalou no último jogo quase que exatamente o time que eu gostaria de ver como titular? O meio-campo foi em cheio, no ataque também (embora eu tivesse dúvidas em escolher entre Ronaldo e Adriano, entre o melhor e o mais inteiro).

E foi o que se viu. Por mais que digam que o Japão é fraco, ele não se mostrou nos outros jogos muito pior do que Croácia e Austrália, contra quem passamos perrengue antes. Ofensivamente, o time produziu 300% mais do que nos outros dois jogos juntos. Tirando Kaká (sumidão), o resto do time inteiro rendeu mais.

É pena que o Japão tenha feito seu gol no primeiro chute que acertaram a Copa inteira. Fica como álibi pro Parreira (e pra muito comentarista por aí) dizer que o time fica mais aberto com essa formação. Embora a Austrália tenha tido muito, mas muito mais chances de marcar do que o Japão. Mas os caras perderam gol até sem goleiro, aí todo mundo saiu falando que o sistema defensivo estava bem.

Bem, o gol deles começou realmente pelo lado do Cicinho. Acontece. Mas o erro fatal mesmo foi do Lúcio, que não marcava ninguém e levou a bola nas costas. O Lúcio que é justamente um dos poucos que eu não queria ver em campo que o Parreira não mexeu.

Seja como for, tá na cara que pras oitavas volta tudo ao que era antes. O máximo que pode acontecer, se é que vai, é o Robinho se manter no time. Fora isso, chance zero. O Parreira deixou isso bem claro quando começou a avacalhar o jogo, lançando Ricardinho e até Rogério Ceni. "Isso aí não vale nada", foi o recado claro. Pode até ser que eu me engane, tomara, mas não acredito.

Gana é um time que corre muito, sabe se defender e parte pro ataque com muita velocidade. Se a tal correria do Japão era preocupante, nosso técnico não sabe o que o espera neste próximo jogo.

Mas acho bem pouco provável que consigam ganhar, mesmo que o Brasil volte a jogar pedrinha como nos dois primeiros jogos, por uma razão simples: eles perdem gol demais.

Estou curioso pra ver também se os africanos não respeitam ninguém mesmo, como gostam de dizer por aí, ou se a camisa vai pesar.