12 junho 2006

Errei como quase todo mundo

A Austrália mostrou que deve ser o jogo mais perigoso para o Brasil.

Simplesmente porque eles confirmam a fama de violentos. Como batem! Deve ser influência do rugby, que é no que eles realmente bons. O risco de sair alguém machucado não é pequeno.

Com a bola nos pés, até que os australianos não foram mal no primeiro tempo, enquanto jogaram os dois com mais jeito com a bola - Kewell e Bracciano. Foi quando o goleiro japonês mais apareceu. No segundo tempo, Kewell cansou, Bracciano saiu e o técnico amontoou gigantes na frente. Como o time insistia em jogadas pelo meio, eles não funcionavam e o time pressionou mas mal criou chances - até o finzinho.

O Japão foi uma decepção. Quando se propõe a jogar no toque de bola, até vai indo bem. Mas mostrou quase nenhum poder de definição. Chutou mal e chutou pouco, porque errou quase sempre o último passe. No segundo tempo, se conformou em jogar pelo resultado, ficando atrás e tentando um contra-ataque que nunca veio justamente pelo defeito no toque que definiria a jogada.

O meio-campo, defensivamente, não existiu. O time acabou marcando atrás demais e por isso deixou a Austrália rondar sua área durante todo o segundo tempo. Por mais que o adversário não crie muito, uma hora alguém falha ou uma bola desvia e acaba entrando. E não deu outra; o gol de empate e o da virada saíram de falhas individuais de jogadores que até vinham bem, mas acontece.

Basicamente, o Japão deu adeus à Copa hoje.