04 julho 2006

Forza!

É óbvio que meu palpite na Itália campeã, antes da Copa começar, era basicamente só isso: um palpite. Baseado em uma ou outra leitura, uma ou outra opinião de comentarista e uma ou outra observação. Mas era palpite mesmo.

Mas já no primeiro jogo da Azzurra me convenci de que tinha chutado bem. E mesmo nos perrengues que vieram depois, não mudei de opinião. Não era só torcida pelo meu bolão.

Como já devo ter escrito aqui: a Itália tem um grande goleiro, uma defesa muito boa, um meio-campo com um volante bem acima da média e um meia que tem seus momentos de inspiração e um belo centro-avante (que, desses aí, é a peça que tem sido menos efetiva; tem jogado bem, mas feito pouco gol).

E hoje, além disso tudo, teve postura de campeã.

Famosa pelo seu jogo defensivo, a Itália não deixou a Alemanha se impor jogando mais pro ataque do que o time da casa. Principalmente na prorrogação, quando o normal, para todos os times, é ter o máximo de cautela.

Talvez tenha sido pelo trauma de sempre perder nos pênaltis. Ou talvez pela certeza de nunca perder para os alemães. Mas o fato é que a Itália atacou e colocou duas bolas na trave logo no início do tempo extra - duas que não entraram no comecinho, duas que entraram no final.

A Alemanha não jogou mal, também não se intimidou e teve suas chances. Teve raça e fez o que pôde. Mas o fato é que é bem menos time que a Itália. Além de freguesa.


* * * *

Achava mesmo que a Itália ganharia hoje.

Pra amanhã, é mais difícil dar palpite. Tenho leve impressão de que dá Portugal. Mas é bem leve mesmo.

A impressão mais forte mesmo é a de que a final desta Copa foi hoje.