Tóquio é aqui mesmo
São Paulo campeão, todo mundo já sabia. O que dizer? Foi a melhor campanha, de longe, por qualquer ângulo que se observe. A essa altura, dizer que foi merecido é chover no encharcado.
O que dá pra observar é que este campeão simboliza a nova ordem do futebol brasileiro, em que temos pouquíssimos grandes jogadores e os elencos são praticamente todos nivelados. A vitória ou a derrota vêm nos detalhes, e o título em um campeonato longo e de pontos corridos vai para aquele que consegue fazer com que estes detalhes surjam mais a seu favor.
Para isso, o time tem que estar bem preparado. Conta muito hoje em dia o treinador e a estrutura que ele tem para trabalhar. Muricy Ramalho vem nos últimos anos fazendo sempre bons trabalhos e agora consegue finalmente um título de grande expressão, que deve ajudá-lo a se colocar realmente no primeiro time dos técnicos brasileiros.
E o time tem que também estar tranqüilo e concentrado em seu trabalho, para não deixar as oportunidades passarem e não criá-las à toa para seus adversários. Se dá bem o clube que paga seus salários em dia, não mexe no elenco e no treinador sem parar, não tem dezessete cartolas brigando por espaço e dando palpites à toda hora e não permite que a pressão dos torcedores extrapole o seu papel. Ataques de estrelismo de um ou outro jogador e briguinhas dentro do elenco também são cada vez mais mortais nos dias de hoje.
E é nessas coisas que o São Paulo - o clube, não o time - fez a diferença. Entre os jogadores, aparecem alguns bons valores, mas nenhum daqueles que você imagine que, se estivesse em algum dos adversários, o título teria outro destino. Isso aconteceu nos últimos anos com Alex no Cruzeiro, Robinho no Santos e até com Tevez e Nilmar no Corinthians. Desta vez, não houve ninguém assim, nem no campeão nem em seus perseguidores.
Como falei lá no início, foi um grande campeonato japonês.
Vi por acaso um pedaço razoável do segundo tempo de Paulista x Paysandu, pela série B. O jogo acabou com um inacreditável placar de 9x0 para o time de Jundiaí - e deu raiva por não terem feito o décimo.
Como meu irmão comentou durante o jogo, é uma falta de propósito se transmitir esse tipo de jogo pela TV. Ok, é bem legal pra quem é Paulista ou Paysandu, ou torce pra algum dos times que disputam com eles a vaga na série A ou o rebaixamento para a terceirona. Mas, jogo por jogo, dava na mesma que ligar uma câmera numa pelada qualquer do Aterro.
E, sem contar o placar esdrúxulo, a qualidade do jogo não foi excessão. Se o Brasileiro da série A já é um japonesão, a série B deve ser comparável a Senegal ou Taiwan, sei lá. Imagino que o pior de ver o seu time rebaixado é ter que aguentar assistir a esse tipo de jogo.
O que dá pra observar é que este campeão simboliza a nova ordem do futebol brasileiro, em que temos pouquíssimos grandes jogadores e os elencos são praticamente todos nivelados. A vitória ou a derrota vêm nos detalhes, e o título em um campeonato longo e de pontos corridos vai para aquele que consegue fazer com que estes detalhes surjam mais a seu favor.
Para isso, o time tem que estar bem preparado. Conta muito hoje em dia o treinador e a estrutura que ele tem para trabalhar. Muricy Ramalho vem nos últimos anos fazendo sempre bons trabalhos e agora consegue finalmente um título de grande expressão, que deve ajudá-lo a se colocar realmente no primeiro time dos técnicos brasileiros.
E o time tem que também estar tranqüilo e concentrado em seu trabalho, para não deixar as oportunidades passarem e não criá-las à toa para seus adversários. Se dá bem o clube que paga seus salários em dia, não mexe no elenco e no treinador sem parar, não tem dezessete cartolas brigando por espaço e dando palpites à toda hora e não permite que a pressão dos torcedores extrapole o seu papel. Ataques de estrelismo de um ou outro jogador e briguinhas dentro do elenco também são cada vez mais mortais nos dias de hoje.
E é nessas coisas que o São Paulo - o clube, não o time - fez a diferença. Entre os jogadores, aparecem alguns bons valores, mas nenhum daqueles que você imagine que, se estivesse em algum dos adversários, o título teria outro destino. Isso aconteceu nos últimos anos com Alex no Cruzeiro, Robinho no Santos e até com Tevez e Nilmar no Corinthians. Desta vez, não houve ninguém assim, nem no campeão nem em seus perseguidores.
Como falei lá no início, foi um grande campeonato japonês.
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Vi por acaso um pedaço razoável do segundo tempo de Paulista x Paysandu, pela série B. O jogo acabou com um inacreditável placar de 9x0 para o time de Jundiaí - e deu raiva por não terem feito o décimo.
Como meu irmão comentou durante o jogo, é uma falta de propósito se transmitir esse tipo de jogo pela TV. Ok, é bem legal pra quem é Paulista ou Paysandu, ou torce pra algum dos times que disputam com eles a vaga na série A ou o rebaixamento para a terceirona. Mas, jogo por jogo, dava na mesma que ligar uma câmera numa pelada qualquer do Aterro.
E, sem contar o placar esdrúxulo, a qualidade do jogo não foi excessão. Se o Brasileiro da série A já é um japonesão, a série B deve ser comparável a Senegal ou Taiwan, sei lá. Imagino que o pior de ver o seu time rebaixado é ter que aguentar assistir a esse tipo de jogo.